Os primeiros discípulos foram obrigados a superar a barreira
dos preconceitos para poder acolher Jesus como Messias e se tornar seus
seguidores. Natanael não podia aceitar que de Nazaré, cidade mal-afamada,
pudesse sair algo de bom, muito menos um Messias. A pecha de nazaretano
desdobrava-se num rosário de outras evocações tomadas como negativas. Ele era
pobre, de família sem prestígio, um indivíduo sem expressão moral ou cultural.
Enfim, um desclassificado.
Pela insistência de Filipe, Natanael se predispôs a ir ver
Jesus. Seu preconceito contrastou com a idéia altamente positiva que Jesus tinha
a respeito dele. Jesus considerava-o um israelita íntegro, sem dolo nem
fingimento. Em outras palavras, um indivíduo em cuja palavra se podia
inteiramente confiar. O próprio Jesus confiou nele e lhe fez uma solene
revelação.
A atitude de Jesus deixou Natanael desarmado, levando-o a abrir
mão de seus preconceitos. Numa atitude própria de discípulo, Natanael reconheceu
Jesus como um Rabi, ou seja, mestre, digno de veneração e respeito.
Reconheceu-o, também, como Filho de Deus, cuja origem superava as possibilidades
humanas, fazendo dele mais do que um simples filho de José da Galiléia.
Reconheceu-o, ainda, como Rei de Israel, o Messias que reavivaria a esperança no
coração do povo. Logo, de Nazaré também podia sair coisa boa.
(Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE)
Oração
Senhor Jesus, eu me ponho diante de ti, sem preconceitos, desejando conhecer-te como o Messias de Deus.
Senhor Jesus, eu me ponho diante de ti, sem preconceitos, desejando conhecer-te como o Messias de Deus.
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