Baseado em fatos conhecidos dos discípulos, Jesus exortou-os a
não se considerarem isentos da necessidade de fazer penitência. A condição de
discípulos poderia dar-lhes uma falsa segurança e levá-los a se considerarem
perfeitos. Portanto, com a salvação garantida.
Por mais decidida que seja a entrega do discípulo ao Reino, ela
tenderá sempre a ser precária. Além disso, a linha que delimita as fronteiras
entre a fidelidade e a infidelidade é muito tênue. A passagem de um lado para
outro acontece com facilidade. Só o discípulo insensato tem a pretensão de se
considerar plenamente fiel e senhor de uma decisão intocável pelo Reino. Por
isso, recomenda-se não excluir a penitência, pois ela manifesta a disposição de
não acomodar-se no empenho de ser sempre mais fiel ao Senhor.
A exclusão da penitência pode tornar estéril a vida do
discípulo. Seu orgulho não lhe permitirá agir de forma compatível com o Reino.
Ele não produzirá os frutos de amor e justiça esperados pelo Senhor. Não se
sentido pecador, colocar-se-á na condição de juiz do próximo e será incapaz de
reconhecer a malícia de sua ação.
Jesus age com paciência em relação aos discípulos que se julgam
dispensados de fazer penitência. Entretanto, a paciência tem seus limites.
Chegará a hora em que se confrontarão com o Senhor e não terão como se
justificar.
(Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE)
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba reconhecer minha condição de pecador e expressar, pela penitência, minha disposição de ser fiel a ti.
Senhor Jesus, que eu saiba reconhecer minha condição de pecador e expressar, pela penitência, minha disposição de ser fiel a ti.
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