O seguimento de Jesus comporta exigências radicais e supõe
rupturas. Só quem, de fato, optou pelo Reino é capaz de submeter-se a elas.
Jesus defrontou-se com pessoas dispostas a segui-lo, mas sem terem suficiente
consciência do que isto comportaria.
Àquele homem que se dispôs a segui-lo por toda parte, Jesus
recordou a pobreza que o discípulo deveria abraçar: assim como o Filho do Homem
não tinha onde reclinar a cabeça, o mesmo se passaria com quem desejasse
segui-lo. Deveria estar disposto, nas suas longas caminhadas, a abrir mão de
muitas comodidades e não perder o ânimo, quando se visse privado até mesmo do
alimento. O seguimento se dá na pobreza e no despojamento.
A quem pediu permissão para, antes, ir enterrar o pai, Jesus
exigiu a imediata execução da ordem: "Segue-me". Não havia por que esperar até a
morte do pai para sentir-se liberado para seguir Jesus. Quanto ao pai, haveria
quem cuidasse dele em suas necessidades. O discípulo foi desafiado a colocar o
serviço do Reino acima do afeto familiar.
E aquele que desejou ir despedir-se dos familiares antes de
seguir Jesus, foi alertado quanto à necessidade de ter um coração indiviso. Nada
de seguir Jesus e, ao mesmo tempo, ter a atenção desviada para outra direção. E
necessário entregar-se todo ao projeto do Reino,
Portanto, o Mestre não aceitava adaptar o discipulado à
conveniência de seus seguidores.
(Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE )
Oração
Senhor Jesus, quero seguir-te, submetendo-me às exigências do discipulado, sem olhar para as minhas conveniências e meus interesses.
Senhor Jesus, quero seguir-te, submetendo-me às exigências do discipulado, sem olhar para as minhas conveniências e meus interesses.
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