1. “Um exemplo de Fé, que não veio da
Comunidade...”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Há dois anos, acompanhei o meu pároco em visita ao Hospital,
levando a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que todos os anos visita
a nossa cidade. Fomos escoltados por uma viatura da PM e ao chegar ao Hospital,
o Sargento que estava na viatura aproximou-se do Padre e pediu para tirar uma
foto com a imagem e que também queria uma bênção sobre ele.
Achei interessante porque na sua profissão de policial
graduado, certamente atua com rigor com os marginais, demonstra ser alguém
firme, e até insensível, que só crê no poder que exerce na sociedade,
entretanto, na hora da bênção, tendo nas mãos a imagem de Nossa Senhora, eu o vi
derramando lágrimas, emocionando até mesmo os seus dois comandados. Mas logo
depois voltou a ser o sargento rigoroso e disciplinado, orientando o trânsito e
abrindo espaço para passarmos em meio a centenas de pessoas que ali estavam mais
á nossa frente à entrada do Hospital.
Associei esse episódio ao evangelho de hoje. Com certeza os
discípulos de Jesus não “morriam de amores” pelos oficiais romanos, afinal, eles
representavam o poder institucional, talvez até pensassem em alguma represália
quando o viram aproximar-se de Jesus, mas naquele dia ele não estava a serviço,
embora estivesse fardado.
E o homem que comandava Cem soldados SUPLICOU a Jesus, por um
servo que estava enfermo. Ele não pertencia á comunidade Israelita, nada
conhecia das promessas dos Profetas ou das Leis de Moisés. Era apenas alguém a
serviço do Sistema, mas tinha um coração aberto e disponível ao dom da Fé e
reconhece algo especial em Jesus de Nazaré, diferente dos líderes religiosos que
tinham o coração fechado ao transcendente.
Por causa disso, sua relação com o próximo é diferente, vem
suplicar a Jesus pelo seu servo, alguém que está a seu serviço e que se encontra
gravemente enfermo e paralítico em uma cama. Jesus vê tudo isso naquele
Centurião Romano e corresponde com generosidade “Eu irei e o curarei”.
E aqui mais uma surpresa para todos... Ir á casa de um oficial
certamente era algo que dava status, afinal, ele era alguém importante. Mas o
Centurião inverte esse quadro, considera-se indigno da Graça que está para
alcançar, não é da comunidade, não frequenta o templo ou a sinagoga, não oferta
o dízimo e nem é piedoso. Sente-se pequeno diante daquele que seu coração
descobriu e experimentou; aquele que tudo pode... E manifesta mais uma vez a sua
Fé autêntica, desprovida de qualquer merecimento, porque se trata de um dom:
“Senhor, não sou digno que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e meu
servo ficará curado”.
E o seu testemunho de Fé foi exaltado por Jesus que o contrapõe
a Israel e suas tradições patriarcais. E a Igreja, Sábia Mestra, adotou essas
palavras para nos colocar diante da Grandeza de um Deus que se rebaixa diante do
Homem na Eucaristia, “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas
dizeis uma só palavra e minha alma será salva”.
Esse é o canto do Centurião, que perpassa já três milênios de
história, na boca dos que creem, mas sabem que a Fé é dom, dado com a Graça
imerecida...
2.Jesus veio para
servir
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Entre o Sermão da Montanha e as orientações de
Jesus aos apóstolos, para a missão, Mateus insere dez milagres, dois dos quais
temos hoje. Estas narrativas de milagres de cura e exorcismo reforçam a imagem
de Jesus como a presença de Deus entre nós, libertando e comunicando vida.
Na narrativa de cura do criado do centurião o
destaque é a fé do soldado romano, atestada por Jesus como maior do que a de
ninguém em Israel.
A restauração da sogra de Pedro, que estava com
febre, narrativa que Marcos e Lucas colocam após a expulsão do espírito impuro
na sinagoga, é inserida por Mateus em sua coleção dos dez milagres. Jesus
liberta a mulher para a prática do serviço, característica fundamental das novas
comunidades, a exemplo dele próprio, que não veio para ser servido, mas para
servir.
Oração
Pai, a solidariedade de Jesus com os doentes e sofredores foi exemplar. Faze-me também ser solidário com quem necessita ser libertado de suas opressões.
Pai, a solidariedade de Jesus com os doentes e sofredores foi exemplar. Faze-me também ser solidário com quem necessita ser libertado de suas opressões.
3. UMA FÉ ADMIRÁVEL
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Nos contatos interpessoais, a atenção de Jesus concentrava-se
na presença, ou não, da fé no coração de seus interlocutores. Pouco lhe
importava a condição social ou racial, nem o maior ou menor grau de instrução
que podiam ter. Desde que se mostrassem sensíveis à fé, era possível estabelecer
com o Mestre uma profunda comunhão de interesses.
O pedido que lhe dirigiu o oficial romano ilustra esta
disposição interna de Jesus. Aquele recorrera ao Mestre, em favor de um
empregado, que era paralítico e sofria muito. Tratava-se de um pagão, a serviço
dos opressores romanos, que pedia um milagre para outro pagão, sem nenhum
vínculo especial com o povo de Israel. Isto seria suficiente para que Jesus se
recusasse a atender a um tal pedido. Mas isto era secundário! Interessava-lhe
saber se o oficial estava sendo movido pela fé. Na verdade, estava. E por uma fé
tão grande, que achou desnecessária a presença física de Jesus, para ser
atendido. Bastava "uma só palavra sua" para que seu servo ficasse curado.
Jesus possuía um poder inaudito de curar. Nada poderia
impedi-lo de atender a um desejo.
Enquanto seus familiares e conterrâneos recusavam-se a
reconhecê-lo, Jesus dava-se conta de que algo extraordinário acontecendo entre
os pagãos. Abertos para a fé, estavam mais aptos, do que os judeus, a se
tornarem beneficiários do Reino.
Oração
Espírito de confiança incondicional, dá-me uma fé tão profunda, como a do oficial romano, que me predisponha a ser beneficiário da misericórdia do Messias Jesus.
Espírito de confiança incondicional, dá-me uma fé tão profunda, como a do oficial romano, que me predisponha a ser beneficiário da misericórdia do Messias Jesus.
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