1. “Quando vêm os temporais e
enchentes...”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
A Palavra provação não significa que Deus desconfia de nós e
quer nos provar, se fosse assim, Ele já teria desistido de nos amar, pois nenhum
ser humano, nem os mais Santos, passariam nessa prova.
O evangelho de hoje é o texto que vem na sequência do Sermão da
Montanha, parece que Jesus fez um belo resumo de tudo o que já havia ensinado
aos discípulos e agora os exorta a colocarem em prática as “Bem Aventuranças” e
a primeira coisa a fazer é ouvir a Palavra.
Claro que esse ouvir a palavra requer uma abertura de coração
para aceitá-la, durante o dia ouvimos muitas coisas, mas nem sempre estamos
focados naquilo que ouvimos, a Palavra de Deus, para ser eficaz em nós precisa
ser buscada, desejada, e deve despertar em nós um encanto naquilo que transmite,
a ponto de nela descobrirmos a razão e o sentido de nossa Vida, não é uma
palavra qualquer, dita por acaso, jogada no ar a esmo, ela tem a direção certa
do nosso coração e do nosso existir, podemos até dizer que, nos momentos e
circunstâncias em que Deus nos comunica de alguma forma a sua Santa Palavra ele
têm um propósito a nosso respeito e espera de nós uma resposta.
Pela sua Palavra a nós anunciada, Deus não quer aplausos,
elogios ou arrebatamentos, mas quer abertura e disponibilidade para coloca-la em
prática, pois esta é a única forma de darmos a ele uma resposta positiva e aqui
evocamos Maria, ao ser anunciada “Faça-se em mim...”, isto é, que a Vontade
Divina, manifesta na Palavra, se torne em minha vida uma ação concreta.
Se a nossa decisão a favor da Palavra, e a nossa adesão a Jesus
Cristo é sincera e autentica, vamos prova-la nas tempestades, ventanias e
enchentes que enfrentamos nesta vida. Quando a nossa Fé é infantil e nossa
relação com Deus baseada no medo, qualquer ventinho das contrariedades nos faz
cair. Quando a nossa Fé é baseada em um rito mágico, onde tudo depende só de
Deus, na primeira oportunidade que Ele não nos atender, também caímos por terra
e tudo se desmorona.
Mas quando temos uma Fé firme e inabalável, vivida no encanto
do anúncio de Jesus, mas também na realidade dessa vida, onde vamos colaborando
concretamente para o Reino aconteça, as revezes da vida, longe de nos fazer
cair, mais nos fortalecem, porque, entendendo os nossos limites e fraquezas, nos
atiramos confiantes nos Braços do Pai.
Essa Fé madura, marcada pelo equilíbrio das nossas ações,
fortalecida pela Eucaristia e a Palavra de Deus, mantida pela oração, é base
sólida que jamais cairá.
E um dia, quando estivermos diante do juízo de Deus, seremos
por ele confirmados, como bons construtores e empreendedores, porque fomos
capazes de olhar para o Transcendente, sem tirar os pés do chão da nossa
história.
2. Que todos tenham vida em
abundância
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Com uma sentença muito clara e uma parábola
singela, Jesus encerra o Sermão da Montanha, conforme apresentado no evangelho
de Mateus. A invocação "Senhor! Senhor!" sugere uma piedade cultual que por si
só é inconsequente. A piedade se concretiza no agir de acordo com as palavras de
Jesus, que revelam a vontade do Pai. E a vontade do Pai, Deus de amor, é que
todos tenham vida em abundância, usufruindo dos bens da criação, eliminando-se
as cercas e os muros que protegem as minorias privilegiadas e relegam as
maiorias ao empobrecimento e à exclusão.
Oração
Pai, eu quero caminhar com sinceridade para a comunhão contigo, no teu Reino. Que todos os meus gestos e palavras estejam sempre alicerçados na tua vontade.
Pai, eu quero caminhar com sinceridade para a comunhão contigo, no teu Reino. Que todos os meus gestos e palavras estejam sempre alicerçados na tua vontade.
3. O DISCÍPULO
PRUDENTE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
O discípulo do Reino é convidado a aderir à mensagem de Jesus,
de modo a deixá-la permear todos os meandros de sua existência e levá-lo a agir
de maneira compatível com sua opção. Não basta uma aceitação puramente
intelectual da mensagem. Nem, tampouco, limitar-se à profissão verbal da fé em
Jesus. A condição de discípulo é expressa com a vida.
Pautar a vida pelas palavras de Jesus é sinal de sensatez. Uma
vida assim alicerçada prepara o discípulo para enfrentar toda sorte de
contradições e dificuldades, sem se deixar abalar. Embora seu modo de vida o
transforme em alvo de seus adversários, nem por isso ele pensa em desanimar.
Antes, continua impávido seu caminho.
Não pautar a vida pelas palavras de Jesus é sinal de
insensatez. A condição de discípulo, neste caso, não passa de mera formalidade.
Jesus não chega a ser realmente o Senhor de sua vida. Resultado, será incapaz de
manter-se de pé quando sua fé for submetida à prova. Então, será revelada a
fragilidade de sua opção pelo Reino.
Jesus denunciou a existência de pessoas deste segundo tipo na
comunidade cristã. Eles profetizavam, exorcizavam, faziam milagres em seu nome.
Mas, ele mesmo declara desconhecê-los. Pelo fato de não se submeterem,
realmente, à vontade do Pai do céu, seu agir aparentemente bom se tornava
prática de iniqüidade. Eles não eram discípulos.
Oração
Senhor Jesus, dá-me a sensatez necessária para que eu deixe tuas palavras transformarem toda a minha existência.
Senhor Jesus, dá-me a sensatez necessária para que eu deixe tuas palavras transformarem toda a minha existência.
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