1. CORPUS CHRISTI - O ALIMENTO
NOVO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Entre tantas tarefas sublimes que a vocação de ser mãe confere
às mulheres, há uma em especial: a alimentação que vai desde a amamentação no
peito, até a idade em que se atinge o uso da razão, onde a criança é totalmente
dependente da mãe, para se alimentar. O ato de alimentar um filho requer grande
amor e paciência, não só entre os seres humanos, mas também entre os animais,
possivelmente seja esse o ato que mais expressa o amor materno, pois sem ele
simplesmente a vida não se desenvolve.
Na ótica de alguns profetas Deus é Mãe e uma das
particularidades que evidencia esse amor maternal, é a proteção e assistência
que Deus dá ao seu povo na travessia do deserto, sobretudo quando sacia a sua
fome e sede. Sem alimento e sem água não se caminha e não se chega a lugar
algum. Ao desesperado Elias, profeta que fugia da fúria da Rainha Jezabel, após
ter derrotado a divindade Baal, em baixo de uma árvore, sobre uma pedra onde o
mesmo tinha adormecido por causa do desânimo e do cansaço, o anjo de Deus lhe
servirá Pão e água, com a advertência “Levanta-te e come, o caminho é
longo!”
O maná e as codornizes, bem como a água que jorrou da pedra,
para alimentar e fortalecer a caminhada do povo, o pão e a água que revigorou
Elias na sua caminhada de quarenta dias pelo deserto, até o Monte Horeb onde se
encontrou com Deus, viria a ser uma prefiguração do verdadeiro e novo
alimento.
Caminhar é imperativo cristão de quem vive segundo a Fé e que
por isso mesmo têm consciência de que é peregrino nesse mundo, há no livro de
canto pastoral uma música que aprofunda o sentido da caminhada “Se caminhar é
preciso, caminharemos unidos!”, em meio a essa reflexão sobre a caminhada, não
posso deixar de citar meu pai, que gostava de repetir um provérbio italiano
“Manjare manjare, camina sempre!” Nosso caminho não tem fim, o infinito é o
nosso tempo, há entre nós um sinal de que já chegamos, embora ainda estejamos a
caminho.
Esse sinal é precisamente a Eucaristia onde Cristo Jesus, mais
do que nos dar um novo alimento, vai além e faz algo que escandaliza os Fariseus
e Saduceus: oferece-se a si próprio em alimento, ao dizer “Quem come a minha
carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu nele”. Comer a carne de Jesus e
beber o seu sangue, só será possível se houver um sacrifício, no ritual judaico
um animal morria para expiar pecados, um animal morria para render ação de
graças e gratidão a Deus, mas sacrificar uma vida humana seria a maior das
loucuras, contudo há nesse gesto algo muito mais do que simples heroísmo, pois
nele o amor atingirá a sua plenitude “Prova de amor maior não há, que doar a
vida pelo irmão”.
Eucaristia, o Corpo e Sangue de Cristo presente na hóstia
consagrada, Deus se oculta em um pedaço de pão, em um ato supremo de amor, deu a
sua vida para que isso fosse possível, e ao descer do céu na forma de pão,
trouxe o céu para nós. No ato de alimentar-se humano, o alimento se transforma
em parte integrante do nosso ser biológico, a partir do metabolismo, no ato de
alimentar-se com a Eucaristia, algo extraordinário acontece: nos transformamos
no corpo de Cristo, afirma Paulo na segunda leitura de hoje.
Somos o Corpo e Sangue de Cristo, nos divinizamos, a
transubstanciação, de certa forma, se prolonga em todo o nosso ser, e ao nosso
redor naquele momento, os anjos se ajoelham em adoração. Grande mistério, que
nossos sentidos não alcançam, a não ser pela fé!
Sublime Sacramento, o maior de todos os tesouros da terra!
Olhemos com ternura para a Hóstia consagrada, que nos alimenta e nos conforta,
que nos inspira a caminharmos todos juntos como irmãos, pois só assim iremos
romper as fronteira da morte “Quem come desse pão viverá eternamente!”.
2. Jesus, pão que dá a
vida
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
A celebração do Corpo e Sangue de Cristo é uma
retomada da última ceia de Jesus com os discípulos, já celebrada na semana
santa. Os momentos de festa e comemoração são celebrados, na alegria, com uma
refeição. Assim a ceia de Jesus, na qual ele se apresenta como o pão que dá a
vida e o vinho que alegra a todos. Descartando a manducação do cordeiro pascal,
Jesus inaugura uma nova celebração, a celebração do banquete do Reino de Deus. É
a Eucaristia, a celebração da comunidade viva, animada pelo Espírito, em
comunhão com Jesus, empenhada em cumprir a vontade do Pai, que é vida para
todos.
Oração
Senhor Jesus, possa a Eucaristia recordar-me sempre que pertenço ao povo redimido por ti e a caminho da casa do Pai.
Senhor Jesus, possa a Eucaristia recordar-me sempre que pertenço ao povo redimido por ti e a caminho da casa do Pai.
3. O CORPO DE
CRISTO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo papa Urbano IV em
11 de agosto de 1264, em vista de destacar a dimensão sacramental que a tradição
romana associou à última ceia de Jesus, já celebrada na semana santa.
A ceia é um momento de alegria, partilha e comunhão. Descartando a manducação do cordeiro pascal, Jesus apresenta-se como o pão que dá a vida, e o vinho que alegra a todos, inaugurando a nova celebração do Reino de Deus. A Eucaristia é a celebração da comunidade viva, animada pelo Espírito, unida em torno de Jesus, empenhada em cumprir a vontade do Pai, que é vida para todos.
A ceia é um momento de alegria, partilha e comunhão. Descartando a manducação do cordeiro pascal, Jesus apresenta-se como o pão que dá a vida, e o vinho que alegra a todos, inaugurando a nova celebração do Reino de Deus. A Eucaristia é a celebração da comunidade viva, animada pelo Espírito, unida em torno de Jesus, empenhada em cumprir a vontade do Pai, que é vida para todos.
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