O mandamento de amar os inimigos é característico do projeto de
Jesus. Esse mandamento é, em última análise, a pedra de toque da perfeição
cristã. Quem é capaz de bendizer a quem o maldiz, fazer o bem a quem o odeia,
orar por seus perseguidores e caluniadores, está muito próximo do modo divino de
agir. Pelo contrário, quem ama somente àqueles que o amam, ou saúda apenas os
seus parentes e amigos, age tão somente como os pagãos, que desconhecem a Deus.
Inspirando-se no Pai, o discípulo de Jesus ama, sem fazer
distinção entre maus e bons, justos e injustos. Todos são irmãos, igualmente
merecedores de seu amor. Os inimigos, no entanto, por representarem um desafio
especial, devem particularmente polarizar sua atenção. Amando-os, o discípulo
dará provas de sua condição de filho do Pai celeste.
A paixão e morte de Jesus exigiu dele pôr em prática o
mandamento ensinado aos discípulos. Rodeado de inimigos, perseguidores e
caluniadores, embora sabendo-se inocente, teria tido razão para odiá-los. Jesus,
porém, venceu esta prova, ao implorar ao Pai que os perdoasse.
Aliás, nada,
nas cenas da paixão, deixa entrever ódio no coração do Mestre, em relação aos
seus carrascos. A cruz é, para os cristãos, um sinal evidente de que, de fato, é
possível amar os próprios inimigos.
Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
Oração
Espírito de perfeição, dispõe meu coração a imitar o exemplo de Jesus que, na cruz, nos deu a maior prova de amor aos inimigos.
Espírito de perfeição, dispõe meu coração a imitar o exemplo de Jesus que, na cruz, nos deu a maior prova de amor aos inimigos.
Senhor Jesus, ajuda-me a compreender a importância do amor e do
perdão, como caminho de estabelecer relacionamento contigo mesmo.
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