A tentação, na vida de Jesus, provinha também de seus
amigos mais íntimos. Por isso, ele se mantinha atento, tanto em relação a seus
inimigos declarados, quanto àqueles que estavam a seu redor. Até de Pedro, Jesus
teve de se precaver.
Este apóstolo reagiu forte, quando Jesus anunciou seu
destino de sofrimento, morte e ressurreição. Pedro desejava para Jesus um futuro
feito de glória e sucesso, não um fim trágico. Por isso, sugeriu-lhe não nutrir
pensamentos que não convinham à sua condição de Messias.
A preocupação do apóstolo aparentemente dava mostras de
ser fruto de sua amizade sincera pelo Mestre. Todavia, Jesus não pensava assim;
antes, percebeu, imediatamente, na intervenção do discípulo, a presença do
tentador. Daí a dureza com que o tratou, chamando-o de Satanás, pedra de
tropeço, insensível para as coisas de Deus.
Se Jesus tivesse dado ouvido à sabedoria humana de Pedro,
teria sido infiel ao Pai. Não era possível realizar o modelo de Messias
glorioso, prescindindo da cruz, sem pactuar com projetos contrários àqueles do
Pai. O Mestre não estava disposto a escolher o caminho da ambigüidade, servindo
a dois senhores. Sua vida estava toda nas mãos do Pai. Não seria um discípulo,
mesmo o escolhido para ser líder da comunidade, quem o desviaria de seu caminho.
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Senhor Jesus, abre meus olhos, para eu detectar e rejeitar tudo quanto possa me desviar do teu caminho.
Senhor Jesus, abre meus olhos, para eu detectar e rejeitar tudo quanto possa me desviar do teu caminho.
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