quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Santo do dia - São Gabriel das Dores

      Nascido a 1838 em Assis, na Itália, dentro de uma família nobre e religiosa, recebeu o nome de batismo Francisco, em homenagem a São Francisco.
     Na juventude andou desviado por muitos caminhos, e era dado a leitura de romances, festas e danças. Por outro lado, o jovem se sentiu chamado a consagrar-se totalmente a Deus, no sacerdócio ministerial. Mas vivia 'um pé lá, outro cá'. Ou seja, nas noitadas e na oração e penitência.
     Aos 18 anos, desiludido, desanimado e arrependido, entrou numa procissão onde tinha a imagem de Nossa Senhora. Em meio a tantos toques de Deus, ouviu uma voz serena, a voz da virgem Maria, que dizia que aquele mundo não era para ele, e que Deus o queria na religião.
     Obediente a Santíssima Virgem, na fé, entrou para a Congregação dos Padres Passionistas. Ali, na radicalidade ao Evangelho, mudou o nome para Gabriel, e de acordo também com a sua devoção a Nossa Senhora, chamou-se então: Gabriel da Dores.
     Antes de entrar para a Congregação, já tinha a saúde fraca, e com apenas 23 anos partiu para a glória, deixando o rastro da radicalidade em Deus.
     Em meios as dores, São Gabriel viveu o santo Evangelho.

São Gabriel das Dores, rogai por nós!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Evangelho do dia - (Lucas 16,19-31)


Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: 16 19 "Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava.  20 Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico. 21 Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico. Até os cães iam lamber-lhe as chagas.
22 Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.  23 E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio. 24 Gritou, então: 'Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas'.
25 Abraão, porém, replicou: 'Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por isso ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento. 26 Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá'.
27 O rico disse: 'Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, 28 para lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos'.
29 Abraão respondeu: 'Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos!' 30 O rico replicou: 'Não, pai Abraão; mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão'. 31 Abraão respondeu-lhe: 'Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos'".

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Ser! Mais importante do que Ter!

 
     Não se pode ler esse evangelho sob a ótica de alguma ideologia humana, pois se corre o risco de interpretar que os ricos vão para o inferno e os pobres para o céu. O evangelista, ao refletir com as suas comunidades não estava nenhum pouco preocupado com a questão social, mas sim com algo que é muito mais importante: a abertura que damos a Deus, a sua palavra, a sua Salvação e á sua Graça Santificante.
     O pobre Lázaro não têm muitos méritos para ir ao céu, aqui chamado de seio de Abraão, é um homem extremamente carente e que vive de esmolas, não fala que ele era bom, juto, amável, que frequentava comunidade. O Rico, que nem nome tem, curte a sua riqueza esbanjando seus bens, regalando-se com banquetes todos os dias. O evangelho nem menciona que o rico passava indiferente pelo esmoleiro chamado Lázaro. Talvez isso até ocorresse, já que Lázaro esmolava no portão da entrada do Palácio do Rico.
     Parece que o pobre entrou nesse evangelho como “âncora”, para que o evangelista possa falar do pecado do rico, que, confiando unicamente em sua riqueza, apostou nela todas as suas fichas e nunca sentiu necessidade de se abrir á Deus e a tudo o que ele nos oferece. Só na outra vida é que “caiu a ficha”, pois descobre (tarde demais, diga-se de passagem) que há algo mais importante do que a riqueza: a Salvação que vem unicamente pela Graça, sua sede terrível mostra que ele não a tinha e imagina ingenuamente que poderá tê-la,e que um “pouquinho” já será suficiente. O tal que se banqueteava na fartura, agora se contenta com uma minúscula gotinha de água da Salvação. Tarde demais...
     O fato de não ter-se aberto á Salvação ainda em vida, criou um abismo entre ele e Deus e consequentemente com as pessoas, isolando-se em um terrível egocentrismo, o mesmo mal que hoje em dia corroe a alma e o coração de muitos.
     Quem se abre a Graça de Deus e a sua Salvação, irá se relacionar com ele porque o descobrirá nos mais carentes. Essa é a verdadeira religião, a que nos leva a Deus, passando antes pelo próximo. O resto é a Religião da Mentira que leva a pessoa ao mesmo lugar de tormento onde foi parar aquele Ricaço. Daí, qualquer arrependimento será inútil, porque como dizia minha saudosa mãe “A Inês já é morta”.
Diácono José da Cruz
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

ORAÇÃO
Pai, não permitas que nada neste mundo me impeça de ver o sofrimento de meu próximo e fazer-me solidário com ele.

Santo do dia - Santos Romão e Lupicino

     São Romão entrou para a vida religiosa com 35 anos, na França, onde nasceram os dois santos de hoje. Ele foi discernindo sua vocação, que o deixava inquieto, apesar de já estar na vida religiosa. Ao tomar as constituições de Cassiano e também o testemunho dos Padres do deserto, deixou o convento e foi peregrinar, procurando o lugar onde Deus o queria vivendo.
     Indo para o Leste, encontrou uma natureza distante de todos e percebeu que Deus o queria ali.
     Vivia os trabalhos manuais, a oração e a leitura, até o seu irmão Lupicino, então viúvo, se unir a ele. Fundaram então um novo Mosteiro, que se baseava nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.
     Romão tinha um temperamento e caminhada espiritual onde com facilidade era dado à misericórdia, à compreensão e tolerância. Lupicino era justiça e intolerância. Nas diferenças, os irmãos se completavam, e ajudavam aos irmãos da comunidade, que a santidade se dá nessa conjugação: amor, justiça, misericórdia, verdade, inspiração, transpiração, severidade, compreensão. Eles eram iguais na busca da santidade.
     O Bispo Santo Hilário ordenou Romão, que faleceu em 463. E em 480 vai para a glória São Lupicino.

Santos Romão e Lupicino, rogai por nós!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Evangelho do dia - (Mateus 23,1-12)


Naquele tempo, 23 1 dirigindo-se, então, Jesus à multidão e aos seus discípulos, disse: 2 "Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés. 3 Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem. 4 Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo. 5 Fazem todas as suas ações para serem vistos pelos homens, por isso trazem largas faixas e longas franjas nos seus mantos. 6 Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas. 7 Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens. 8 Mas vós não vos façais chamar rabi, porque um só é o vosso preceptor, e vós sois todos irmãos. 9 E a ninguém chameis de pai sobre a terra, porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10 Nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo. 11 O maior dentre vós será vosso servo. 12 Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado".

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - A falta de misericórdia



A sensibilidade de Jesus para a falta de misericórdia, no trato mútuo, era evidente. A menor atitude de menosprezo ou insensibilidade, em relação ao próximo, chamava-lhe a atenção. Por isso, aproveitava estas ocasiões para advertir os discípulos.
Os escribas e fariseus estavam, constantemente, na mira de Jesus. Eles tinham certos comportamentos com os quais o Mestre não podia compactuar, por não serem movidos pela misericórdia. Assim, impunham, às pessoas de boa-fé, um acúmulo de prescrições, ao passo que eles mesmos não se sentiam obrigados a cumpri-las. Igualmente, com ar de importância, exigiam que as pessoas lhes deixassem os primeiros lugares nos banquetes, nas sinagogas e nas praças, e que as chamassem com o título honroso de "rabi". E muitas coisas mais! Toda essa maneira de se comportar é que os discípulos deveriam evitar. O Mestre foi explícito: "Não imiteis suas ações!", pois não primam pela misericórdia.
     O discípulo espelha-se no modo de agir de Jesus. Contrariamente aos escribas e fariseus, o Mestre não se prevaleceu dos pequenos e fracos, antes, procurou agir com extrema humildade e discrição, jamais buscando grandezas e honrarias mundanas. Seu agir misericordioso desmascarava a arrogância de seus adversários.
 Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica

Oração
Espírito de misericórdia, livra-me de seguir o mau exemplo de quem, no trato com o próximo, prima pela arrogância e pela insensibilidade.

Santo do dia - São Porfírio

      Nascido do ano de 353 em Tessalônica da Macedônia, Porfírio foi muito bem formado pelos seus pais, numa busca de piedade e vontade de Deus. Com 25 anos foi para o Egito, onde viveu a austeridade. Depois, seguiu para a Palestina, vivendo como eremita por 5 anos. Devido a uma enfermidade seguiu para Jerusalém, onde se tratou.
     São Porfírio percebia que faltava algo. Ele tinha herdado uma grande fortuna, e já tendo discípulos - que vendo a ele seguir a Cristo, também quiseram seguir nosso Senhor nos passos dele - ele ordenou que esses discípulos fossem para Tessalônica e vendessem todos os bens. Ele então, pôde dar tudo aos pobres.
     Ele estava muito doente, mas através de uma visão, o Senhor o curou. Mais tarde, passou a trabalhar para ganhar o 'pão de cada dia', sempre confiando na Divina Providência.
     O Patriarca de Jerusalém o ordenou sacerdote, e depois Bispo em Gaza, tendo grande influência politica e na religiosidade de todo o povo. Por meio do Espírito Santo e das autoridades, conseguiu que os templos pagãos fossem fechados, e os ídolos destruídos. Não para acabar com a religiosidade, mas para apontar a verdadeira religião: Nosso Senhor Jesus Cristo, único Senhor e Salvador.
     Faleceu no século V, deixando-nos esse testemunho: nossa fé, nossa caridade, precisam ter uma ressonância dentro e fora da Igreja, para a glória de Deus e Salvação de todas as pessoas.

São Porfírio, rogai por nós!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Evangelho do dia - (Lucas 6,36-38)



Naquele tempo, 6 36 disse Jesus aos seus discípulos: "Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. 37 Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados; 38 dai, e dar-se-vos-á. Colocar-vos-ão no regaço medida boa, cheia, recalcada e transbordante, porque, com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos vós também".

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - O agir cristão



     O cristão tem consciência de que suas ações superam os limites das relações humanas, para desembocar no Pai. Por isso, todo gesto humano, sem exceção, tem algo a ver com Deus: deve inspirar-se nele, de quem receberá o prêmio ou o castigo.
     O eixo fundamental da vida cristã deve ser a misericórdia. O motivo é simples: a misericórdia é o eixo fundamental do agir do Pai. E, pela misericórdia, o cristão reproduz um modo de ser característico de Deus.
     Jesus indicou-nos algumas maneiras de expressar a misericórdia: não nos tornar juízes do próximo, e por conseguinte, abster-nos de condená-lo; perdoar sempre, e sermos capazes de doar nossos bens, com generosidade. A misericórdia, portanto, consiste em colocar-se diante do próximo com a humildade de quem se sabe servidor, e com a consciência de não ter o direito de julgá-lo e condená-lo. Isto compete ao Pai. A pessoa misericordiosa está sempre disposta a reatar, mediante o perdão, os laços rompidos pela inimizade.
     A contrapartida da misericórdia humana é a misericórdia divina. O Pai não julga nem condena a quem foi capaz de ser misericordioso. Perdoa a quem foi capaz de perdoar. E a quem soube doar, dá com superabundância.
     O cristão não pode perder de vista esta dimensão de seu agir. A falta de misericórdia resultará fatal, no momento de seu encontro com o Pai.
Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica

Oração
Espírito de misericórdia, reveste todas as minhas ações com a misericórdia, característica do Pai, levando-me a ser, para o meu próximo, a revelação da bondade divina.
Pai, dispõe meu coração para o perdão, pois este é o caminho pelo qual estabeleço minha comunhão contigo.

Santo do dia - Santa Valburga

     Santa Valburga nasceu no ano de 710. Era filha de São Ricardo, rei dos Saxões do Oeste. Santa Valburga tinha dois irmãos: o bispo Vilibaldo e o monge Vunibaldo. Durante uma peregrinação com seu pai, mãe e irmãos aos Lugares Santos, Santa Valburga retirou-se numa abadia. E foi ali que descobriu a beleza do chamado de Deus, consagrando-se inteiramente ao Senhor. Seu pai veio a falecer durante a viagem de volta dessa peregrinação.
     Em 748, foi enviada por sua abadessa à Alemanha, junto com outras religiosas, para fundar e implantar mosteiros e escolas entre populações recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga, por ela Deus já operava milagres. Naquele país, foi recebida e apoiada pelo bispo Bonifácio, seu tio, que consolidava um grande trabalho de evangelização, auxiliado pelos sobrinhos missionários.
     Designou a sobrinha para a diocese de Eichestat onde Vunibaldo havia construído um mosteiro em Heidenheim e tinha projeto para um feminino na mesma localidade. Ambos concluíram o novo mosteiro e Valburga eleita a abadessa. Após a morte do irmão, ela passou a dirigir os dois mosteiros, função que exerceu durante dezessete anos. Nessa época transpareceu a sua santidade nos exemplos de sua mortificação, bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção ao Senhor. As obras assistenciais executadas pelos seus religiosos fizeram destes mosteiros os mais famosos e procurados de toda a região.
     Valburga se entregou a Deus de tal forma que os prodígios aconteciam com frequência. Os mais citados são: o de uma luz sobrenatural que envolveu sua cela enquanto rezava, presenciada por todas as outras religiosas e o da cura da filha de um barão, depois de uma noite de orações ao seu lado.
     Morreu no dia 25 de fevereiro de 779 e seu corpo foi enterrado no mosteiro de Heidenheim, onde permaneceu por oitenta anos. Mas, ao ser trasladado para a igreja de Eichestat, quando de sua canonização, em 893, o seu corpo foi encontrado ainda intacto. Além disso, das pedras do sepulcro brotava um fluído de aroma suave, como um óleo fino, fato que se repetiu sob o altar da igreja onde o corpo foi colocado.
     Nesta mesma cerimônia, algumas relíquias da Santa foram enviadas para a França do Norte, onde o rei Carlos III, o Simples, havia construído no seu palácio de Atinhy, uma igreja dedicada a Santa Valburga. O seu culto, em 25 de fevereiro, se espalhou rápido, porque o óleo continuou brotando. Atualmente é recolhido em concha de prata e guardado em garrafinhas distribuídas para o mundo inteiro. Os devotos afirmam que opera milagres.

Santa Valburga, rogai por nós!

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Oraçao de adoração ao Santíssimo Sacramento

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Oh! meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem! Graças e louvores se dê a todo momento: ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!

Evangelho do dia - (Lucas 9,28-36)



9 28 Passados uns oitos dias, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e subiu ao monte para orar. 29 Enquanto orava, transformou-se o seu rosto e as suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura. 30 E eis que falavam com ele dois personagens: eram Moisés e Elias, 31 que apareceram envoltos em glória, e falavam da morte dele, que se havia de cumprir em Jerusalém.
32 Entretanto, Pedro e seus companheiros tinham-se deixado vencer pelo sono; ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois personagens em sua companhia. 33 Quando estes se apartaram de Jesus, Pedro disse: "Mestre, é bom estarmos aqui. Podemos levantar três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias!" Ele não sabia o que dizia.
34 Enquanto ainda assim falava, veio uma nuvem e encobriu-os com a sua sombra; e os discípulos, vendo-os desaparecer na nuvem, tiveram um grande pavor. 35 Então da nuvem saiu uma voz: "Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o!" 36 E, enquanto ainda ressoava esta voz, achou-se Jesus sozinho. Os discípulos calaram-se e a ninguém disseram naqueles dias coisa alguma do que tinham visto.

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentáro do evangelho - A santidade revelada


A transfiguração é manifestação da glória da Ressurreição. Observo neste trecho do Evangelho a revelação do Filho nas palavras do Pai: "Este é o meu Filho, o meu escolhido. Escutem o que ele diz!". Observo alguns símbolos: . "Monte" - o monte indica o lugar de encontro com Deus . "Roupa brilhante", ("luz") ¬. Quanto mais luz coloco num ambiente escuro, mais claro ele se tornará. Quanto mais Palavra de Deus tiver em mim, mais a luz de Deus brilhará em minha vida. . "Tendas" ou "barracas"- lugares de repouso e de oração. . "Nuvem e sombra" simbolizam a presença de Deus. Jesus se revela como verdadeiro Filho de Deus, Mestre a quem devo escutar e seguir em seu caminho de cruz e ressurreição.

     Os discípulos estavam longe de conhecer o Mestre, com quem partilhavam a vida e a missão. Nada de extraordinário havia em Jesus, que o distinguisse dos demais seres humanos. Com certeza, alguns traços de sua personalidade faziam dele uma pessoa especial. Contudo, nada que o fizesse impor-se às pessoas, obrigando-as a confessarem sua condição de Filho de Deus.
     A transfiguração revelou aos três discípulos escolhidos o que, em Jesus, está além das aparências: sua santidade. Tudo, na cena, aponta para isto. Jesus transfigurou-se, enquanto estava em oração, em profunda intimidade com o Pai. Seu rosto assumiu uma nova fisionomia. A candura fulgurante de suas vestes, e tudo o mais, apontavam para a riqueza interior do Mestre. O ápice da experiência dá-se quando o Pai proclama-o com sendo seu Filho amado. Não resta lugar à dúvida: a humanidade de Jesus encobria sua santidade, que o colocava na esfera divina.
     A proposta dos discípulos, encantados com o que viram, não convenceu a Jesus. Querer ficar no alto do monte, contemplando a glória do Mestre, não era um desejo viável. Era preciso descer a montanha e, com ele, caminhar até a cruz. Só então, para sempre, o fulgor de sua glória despontaria na ressurreição.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica

Oração
Espírito de revelação, como aos três discípulos, mostra-me a santidade de Jesus, com quem devo caminhar até a cruz.

Santo do dia - São Sérgio

     Celebramos neste dia a santidade de vida do monge Sérgio que chegou ao martírio devido seu grande amor a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. São Sérgio vivia no deserto enquanto os cristãos estavam sendo perseguidos e entregando a vida em sacrifício de louvor.
     Certa vez o santo monge e intercessor foi movido pelo Espírito Santo para ir à Cesareia, onde lá ele encontrou no centro da praça a imagem de Júpiter, que era considerado como o maior dos deuses entre os pagãos. Diante da imagem os sacerdotes pagãos acusavam os cristãos e os condenavam, com o motivo de serem eles os culpados da omissão dos deuses diante das necessidades do povo.
     Encorajado por Deus, São Sérgio levantou-se para denunciar as mentiras e anunciar no poder do Espírito Santo o Evangelho. Depois de fazer um lindo trabalho de evangelização, São Sérgio foi preso e no século IV partiu para a Glória.

São Sérgio, rogai por nós!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Evangelho do dia - (Mateus 5,43-48)

 
5 43 Disse Jesus aos seus discípulos: "Tendes ouvido o que foi dito: 'Amarás o teu próximo e poderás odiar teu inimigo'. 44 Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem. 45 Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos. 46 Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? 47 Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos? 48 Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito".
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Amar os inimigos


          O mandamento de amar os inimigos é característico do projeto de Jesus. Esse mandamento é, em última análise, a pedra de toque da perfeição cristã. Quem é capaz de bendizer a quem o maldiz, fazer o bem a quem o odeia, orar por seus perseguidores e caluniadores, está muito próximo do modo divino de agir. Pelo contrário, quem ama somente àqueles que o amam, ou saúda apenas os seus parentes e amigos, age tão somente como os pagãos, que desconhecem a Deus.
    Inspirando-se no Pai, o discípulo de Jesus ama, sem fazer distinção entre maus e bons, justos e injustos. Todos são irmãos, igualmente merecedores de seu amor. Os inimigos, no entanto, por representarem um desafio especial, devem particularmente polarizar sua atenção. Amando-os, o discípulo dará provas de sua condição de filho do Pai celeste.
      A paixão e morte de Jesus exigiu dele pôr em prática o mandamento ensinado aos discípulos. Rodeado de inimigos, perseguidores e caluniadores, embora sabendo-se inocente, teria tido razão para odiá-los. Jesus, porém, venceu esta prova, ao implorar ao Pai que os perdoasse.
     Aliás, nada, nas cenas da paixão, deixa entrever ódio no coração do Mestre, em relação aos seus carrascos. A cruz é, para os cristãos, um sinal evidente de que, de fato, é possível amar os próprios inimigos.
 Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica

Oração
Espírito de perfeição, dispõe meu coração a imitar o exemplo de Jesus que, na cruz, nos deu a maior prova de amor aos inimigos.
Senhor Jesus, ajuda-me a compreender a importância do amor e do perdão, como caminho de estabelecer relacionamento contigo mesmo.

Santo do dia - São Policarpo

     O santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano.
   São Policarpo foi ordenado Bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista. De caráter reto, de elevado saber, amor à Igreja e fiel à ortodoxia da fé, era respeitado por todos no Oriente.
     Com a perseguição aos cristãos, o santo Bispo de 86 anos, escondeu-se até ser preso e levado para o governador, que pretendia convencê-lo de ofender a Cristo. Policarpo, porém, proferiu estas palavras: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar Àquele a quem prestei culto e reconheço como meu Salvador".
      Condenado à morte no estádio da cidade, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso Nome adorável seja glorificado por todos os séculos". São Policarpo viveu o seu nome – poli=muitos, carpo=fruto – muitos frutos”, que foram regados com suor, lágrimas e, no seu martírio no ano de 155, regado também com sangue.

São Policarpo, rogai por nós!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Meditação - A Cátedra de São Pedro ficará vazia no dia 28 de fevereiro

 

     No dia 22 de fevereiro a liturgia nos convida a celebrar a Festa da Cátedra de Pedro. Mais do que uma simples "cadeira" ou mesmo um "trono", a palavra "cátedra" indica a autoridade para ensinar.
     Quando na Bíblia se diz que alguém "sentou e começou a ensinar" significa que seu ensino é repleto de fundamento e autoridade. Foi assim, por exemplo, no conhecido Sermão da Montanha: "Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele" (Mt 5,1). Até na linguagem comum se afirma que um professor eficiente é um "catedrático". A igreja onde fica a cátedra do bispo é chamada de "catedral".
     Quando a Igreja Católica celebra esta festa, reconhece que entre os doze apóstolos houve um que ocupou o primeiro lugar e que recebeu a missão de confirmar os irmãos na fé (cf. Lc 22, 31-32). Vemos no Evangelho que Pedro sempre encabeça a lista dos apóstolos. Além disso, ele fala com Jesus em nome dos doze, como está no evangelho escolhido para a Missa deste dia: Mateus 16,13-19.
     O mestre convida os discípulos para ir até uma região montanhosa chamada "Cesaréia de Felipe". Ali faz uma pergunta intrigante: "Quem dizem por aí que Eu Sou"? As respostas são as mais variadas. Jesus, então, vai além. Pergunta: "E para vocês, quem Eu Sou?" Certamente houve um silêncio e uma troca silenciosa de olhares. Todos se perguntavam: quem terá coragem de dar uma resposta tão pessoal?! Foi Pedro quem tomou a palavra pronunciou a profissão de fé que fez dele o primeiro Papa do Cristianismo: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!"

      Conhecemos o que Jesus disse: "Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." Foi isso que deu a Pedro a sua “cátedra”, ou seja, autoridade.
     Neste ano vivemos esta festa de uma maneira totalmente diferente e inesperada. No dia 11 de fevereiro o Papa Bento XVI, surpreendeu o mundo anunciando a sua renúncia com as seguintes palavras pronunciadas em latim: "[...] a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a Cátedra de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice".

     Muito se especulou sobre o motivo de sua renúncia. A melhor explicação, porém, continua sendo a do próprio Papa: “Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado."
      Muito mais do que alinhar-se à avalanche de especulações que a imprensa tem feito em torno da renúncia do Papa, o católico praticante que ama a sua Igreja, neste momento está em comunhão de prece com o Santo Padre. É um momento intenso e tenso, mas Bento XVI disse recentemente que pode sentir a prece e o carinho do povo de Deus "quase fisicamente". É o mistério da Igreja que nos unifica no Corpo Místico de Cristo.
      No dia 22 de fevereiro de 2006, o próprio Bento XVI fez uma reflexão sobre o significado da "Cátedra de Pedro". Lembrou tratar-se de uma tradição muito antiga, vivida em Roma deste o século IV. Antes disso, disse o Papa, a “cátedra” foi no Cenáculo, em Jerusalém; depois foi na cidade de Antioquia, na hoje Turquia, onde Pedro foi o primeiro bispo; somente depois a “cátedra” foi transferida para Roma que recebeu a missão de congregar todos os povos da terra.
      O Papa evocou numerosos testemunhos de santos e doutores da Igreja para explicar o significado espiritual da “cátedra de Pedro”. Um deles, São Jerônimo, escreve assim: “Decidi consultar a cátedra de Pedro, onde se encontra aquela fé que a boca de um Apóstolo exaltou; agora venho pedir um alimento para a minha alma ali, onde outrora recebi a veste de Cristo. Não busco outro primado, a não ser o de Cristo; por isso, ponho-me em comunhão com a tua bem-aventurança, ou seja, com a cátedra de Pedro. Sei que sobre esta pedra está edificada a Igreja” (Cartas I, 15, 1-2). O Papa terminou esta catequese pedindo que todos rezassem pelo seu ministério de sucessor de Pedro: “[...] invocai o Espírito Santo a fim de que sustente sempre com a sua luz e a sua força o meu serviço quotidiano a toda a Igreja. Por isto, bem como pela vossa atenção devota, agradeço-vos de coração.”

Atendamos a este pedido de Bento XVI, particularmente nesta semana intensa que ele e todosnós viveremos. Neste domingo, dia 24 de fevereiro, ele rezará o último "Angelus" de seu pontificado. Na quarta-feira, dia 27, presidirá a última audiência pública para milhares de peregrinos. No dia 28, pela manhã, saudará pessoalmente todos os cadeais presentes em Roma, sem discursar e, às 17h, irá para seu retiro em Castel Gandolfo, onde ficará até que seja eleito o novo Papa. Neste dia, às 20h, Bento XVI não será mais Papa, viverá silenciosa e intensamente o ministério de intercessor.


Pe. Joãozinho, scj
Teólogo, escritor e compositor


Evangelho do dia - (Mateus 16,13-19)


Naquele tempo, 16 13 chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: "No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?" 14 Responderam: "Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas". 15 Disse-lhes Jesus: "E vós quem dizeis que eu sou?" 16 Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!"
17 Jesus então lhe disse: "Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. 18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus
".

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - A Cátedra de São Pedro



     Cátedra significa Cadeira, não uma cadeira qualquer, mas aquela onde deve sentar-se quem têm a responsabilidade do pastoreio, quem vai conduzir o rebanho, quem vai defendê-lo dos ataques dos lobos vorazes. Quem vai guardar, preservar e defender com todo rigor, os ensinamentos do Mestre, mantendo-os íntegros. Pedro não tinha perfil para ser Chefe dos discípulos, mas a sua profissão de Fé no Messianismo de Jesus foi que o credenciou para ser o nosso primeiro Papa.
     São Pedro é chamado o príncipe dos apóstolos, isso é, aquele que iniciou o apostolado, e vemos no evangelho de hoje, porque o próprio Cristo o constituiu chefe da sua igreja. Ele conseguiu enxergar em Jesus algo muito mais do que se falava, o povo via nele um Messias Profeta, comparável a João Batista ou a Elias, outro grande profeta na História de Israel, mas esse pensamento era fruto de uma ideologia, e a era messiânica que todos aguardavam com ansiedade, representava uma nova política, uma inversão do quadro, o Messias era um libertador Político, enviado por Deus sim, porém, com uma missão terrena.
     O apóstolo Pedro, que fala em nome do grupo, consegue fazer essa transição, do Messias Histórico e Ideológico, para o Messias Espiritual, ele não era enviado por Deus mas sim o próprio Deus. O que Jesus falava e fazia, todos viam, e a partir disso embalavam o sonho e a esperança de dias melhores para o povo de Israel, mas sempre em uma perspectiva terrena.
     A confissão de Pedro manifesta pela primeira vez no meio do grupo, a Fé em uma Salvação que supera toda e qualquer realização humana, onde o homem atinge a plenitude do seu ser, divinizando aquilo que é humano. Cesaréia de Filipe é terra de pagãos, cercado por rochas sobre as quais há edificações habitadas pela elite do império romano. A igreja de Cristo está no meio do mundo, porém edificada sobre a fé professada por toda comunidade, que tem como base a fé professada por Pedro, naquele dia.
     Como Pedro, que sejamos nessa igreja um apoio seguro para os que ainda não crêem, porque não conhecem a Cristo e acima de tudo, nunca nos esqueçamos de que Jesus Cristo edificou o reino sobre pessoas como Pedro , instrumentos aparentemente fracos, mas que pela ação da graça operante e santificante do Batismo que receberam, tornaram-se perenes, transpondo fronteiras e todas as barreiras que separa os homens, para anunciar Jesus Cristo, o Filho de Deus, aquele que plenificou o nosso existir.

Diácono José da Cruz 
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.